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Ensino Híbrido

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Ensino híbrido

O Ensino Híbrido ou Blended Learning (termo em inglês) é o mais recente formato de educação. O termo vem sendo usado com grande ênfase na área de educação e vem causando muitas reflexões entre docentes e equipes pedagógicas de cursos. 

Diversos autores pesquisam e, cada vez mais, fortalecem esse novo formato educativo, criando e consolidando conceitos, características e formas de aplicação. 

Todas as definições que permeiam o termo, entretanto, relacionam esse modelo à integração das tecnologias e à personalização do ensino. Isso porque as tecnologias possibilitaram, como já vimos, diferentes formas de ensinar e aprender e colocaram o estudante como centro do processo do seu aprendizado, permitindo um respeito maior ao seu ritmo de aprendizagem!

o Ensino Híbrido é uma proposta de integração das tecnologias digitais ao ensino em que o estudante aprende na escola (ensino presencial), mas também por meio do ensino on-line (educação a distância) com elementos de controle sobre o seu tempo e ritmo do aprendizado.

Essa abordagem permite ao professor obter informações individualizadas sobre o desempenho dos alunos que permitem que ele atue com maior eficiência em relação às suas necessidades favorecendo a personalização do ensino.

Características do ensino híbrido

  • maior engajamento dos alunos no aprendizado;
  • melhor aproveitamento do tempo do professor;
  • ampliação do potencial da ação educativa visando a intervenções efetivas;
  • planejamento personalizado e acompanhamento de cada aluno;
  • oferta de experiências de aprendizagem que estejam ligadas às diferentes formas de aprender dos alunos;
  • aproximação da realidade escolar com o cotidiano do aluno.

Metodologias ativas

As metodologias ativas são, na visão de Moran (2015), pontos de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas.

Encontramos em Paulo Freire (1996) uma defesa para as metodologias ativas, com sua afirmação de que, na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação de desafios, a resolução de problemas e a construção do conhecimento novo a partir de conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos (BERBEL, 2011). Esse entendimento é especialmente pertinente quando se trata de Educação Profissional e Tecnológica (EPT).

Nesse sentido, as metodologias ativas “têm um ideário favorável às necessidades da Educação Profissional e podem gerar práticas docentes inovadoras no contexto da formação profissional, superando limitações dos modelos tradicionais de ensino” (BARBOSA; MOURA, 2013, p. 49), apresentando diferentes benefícios.

Entre as principais vantagens que as metodologias ativas podem proporcionar, a principal delas contempla “a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas” (GAROFALO, 2018).

Vamos conhecer mais sobre algumas delas:

Aprendizagem baseada em projeto

A aprendizagem baseada em projetos (ABP) – em inglês, project based learning (PBL) – tem por objetivo fazer com que os alunos adquiram conhecimento por meio da solução colaborativa de desafios. Sendo assim, o aluno precisa se esforçar para explorar as soluções possíveis dentro de um contexto específico ― seja utilizando a tecnologia, seja a partir de diversos recursos disponíveis, o que incentiva a capacidade de desenvolver um perfil investigativo e crítico perante alguma situação. Além disso, o professor não deve expor toda metodologia a ser trabalhada, a fim de que os alunos busquem os conhecimentos por si mesmos. Porém, é necessário que o educador dê um feedback nos projetos e mostre quais foram os erros e acertos.

Aprendizagem baseada em problemas

O método da Aprendizagem Baseada em Problemas tem como propósito tornar o aluno capaz de construir o aprendizado conceitual, procedimental e atitudinal por meio de problemas propostos que o expõem a situações motivadoras e o prepara para o mundo do trabalho. Enquanto a aprendizagem baseada em projetos exige que os alunos coloquem a “mão na massa”, a aprendizagem baseada em problemas é focada na parte teórica da resolução de casos.

Estudo de caso

A prática pedagógica de Estudo de Casos tem origem no método de Aprendizagem Baseada em Problemas. O Estudo de Caso oferece aos estudantes a oportunidade de direcionar sua própria aprendizagem, enquanto exploram seus conhecimentos em situações relativamente complexas. São relatos de situações do mundo real, apresentadas aos estudantes com a finalidade de ensiná-los, preparando-os para a resolução de problemas reais.

Aprendizagem por pares

A aprendizagem entre pares e times – em inglês, team based learning (TBL) –, como o próprio nome revela, trata-se da formação de equipes dentro de determinada turma para que o aprendizado seja feito em conjunto e haja compartilhamento de ideias. Seja em um estudo de caso ou em um projeto, é possível que os alunos resolvam os desafios e trabalhem juntos, o que pode ser benéfico na busca pelo conhecimento. Afinal, com a ajuda mútua, pode-se aprender e ensinar ao mesmo tempo, formando o pensamento crítico, que é construído por meio de discussões embasadas e levando em consideração opiniões divergentes.


Modelos do ensino híbrido

Rotacional

Dentro de curso ou matéria, por exemplo matemática, os alunos revezam entre modalidades de ensino, em roteiro fixo ou a critério do professor, sendo que pelo menos uma modalidade é a do ensino online. O modelo de rotação tem 4 submodelos: rotação por estações, laboratório rotacional, sala de aula invertida e rotação individual.

Rotação por estação

Os alunos fazem o rodízio de acordo com uma agenda de tarefas ou por decisão do professor, em várias estações, sendo pelo menos uma delas com tarefas online. As demais podem ser tarefas escritas em papel, pequenos projetos, instrução individualizada ou trabalhos em grupo.

Sala de aula invertida

É o modelo mais simples para dar início à implementação do ensino híbrido. Nesse caso, os alunos estudam em casa conteúdo online sugerido pelo professor ou não e aplicam ou praticam em sala de aula o que foi estudado. É possível aprofundarmos o modelo de sala de aula invertida e envolvermos a descoberta, a experimentação como proposta inicial para os estudantes

Laboratório rotacional

Os alunos fazem o rodízio em pontos específicos de acordo com uma agenda de tarefas ou por decisão de professor entre laboratório de informática e a sala de aula. Dentro do laboratório eles aprofundam, treinam e realizam as atividades online. Nesse caso o professor da disciplina fica em sala de aula e os estudantes no laboratório.

Rotação individual

É o primeiro exemplo considerado disruptivo. Apesar das semelhanças com a rotação por estações, nesse caso o aluno cumpre uma agenda individualizada em seu percurso pelas estações. Essa agenda, previamente combinada com o professor, pode envolver a passagem por todas as estações ou não, irá depender das características do estudante e da forma como ela aprende melhor.

Flex

A aprendizagem online é a espinha dorsal. Cada aluno tem uma agenda personalizada e pode direcionar o seu aprendizado de acordo com as suas necessidades entre as modalidades de aprendizagem. Há professor ou tutor que pode oferecer o suporte necessário para as necessidades dos estudantes garantindo ensino personalizado. Os alunos podem trabalhar individualmente nos computadores ou em pequenos grupos, podem ter aulas de ciência em laboratório ou trocar ideias na área social. A ideia é que os alunos se movam com flexibilidade por estas propostas focando no que precisam e quando precisam. É diferente do modelo de rotação individual porque os alunos não são obrigados a passar nenhum tempo determinado previamente por atividades específicas.

À la carte

Os alunos fazem cursos inteiros de maneira virtual, têm tutor online e ao mesmo tempo continuam a ter experiências educacionais em escolas tradicionais. Os alunos podem participar das aulas online tanto nas escolas como em outros lugares.

Virtual aprimorado

Modelo que ocorre basicamente online em que encontros presenciais para acompanhamento ocorrem de maneira agendada entre tutores e alunos.


Referências

Adobe PDF
Mudando a educação
com metodologias ativas

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