A Estrela Oculta do Sertão

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é um de 2005, dirigido pela fotógrafa Elaine Eiger e pela jornalista e escritora Luize Valente.

O tema central é a prática judaica mantida por algumas famílias do nordestino, juntamente com a busca de sua identidade religiosa por vários marranos a partir do momento que tomam consciência de sua condição.

A ideia das diretoras em realizar o documentário surgiu em 2000, após ler uma matéria de jornal sobre uma vila, com menos de 800 habitantes, no extremo oeste do , chamada Venha-Ver. Segundo a reportagem, um rabino americano que havia estado na vila, constatou que a população mantinha costumes nem um pouco cristãos.

Muitos desses hábitos já eram tão antigos que caíram em desuso há séculos dentro do . Mantêm costumes notadamente judaicos, que acabam por denunciar sua verdadeira origem: são descendentes dos chamados cristãos-novos (marranos), judeus forçados a se converterem ao cristianismo durante o período da inquisição em , graças a um decreto do rei D. Manuel, estabelecido em 1497.

Durante a invasão holandesa ao Brasil, no século XVII, a Coroa holandesa que atuava na vanguarda do movimento de reforma do catolicismo, adota a de acolher perseguidos religiosos de várias partes da Europa. A maioria dos judeus emigrantes que se estabelece no país vive na penúria.

Com a tomada do Recife pela Holanda, esses grupos são atraídos pela oportunidade de progredir na mais rica capitania portuguesa da época, e navios fretados por judeus passam a chegar quase todo mês no Recife, evadindo-se posteriormente para o interior, após a retomada dos portugueses.

“A partir daí, começamos uma longa que nos levou aos colonizadores do Brasil”, afirmam as diretoras. Com 85 minutos,[3] o documentário se divide em duas partes: a primeira mostra diversos personagens como especialistas em cultura judaica, famílias que voltaram a praticar o judaísmo e famílias católicas com costumes judaicos, em diversas cidades principalmente da e do Rio Grande do Norte.

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