Bolsa Futuro Digital

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MCTI lança programa Futuro Digital para formar profissionais para área de tecnologia com investimento de R$ 54 milhões, iniciativa quer formar 10 mil novos programadores nos próximos 24 meses, em 12 estados e no DF.

A iniciativa é voltada a jovens e adultos sem experiência prévia na área de tecnologia da informação, com interesse em ingressar nas carreiras de desenvolvimento Front-end ou Back-end.

Nesta primeira etapa, serão ofertadas 5 mil vagas, em 12 estados e no Distrito Federal, com prioridade para estudantes da rede pública. Daqui a seis meses, mais 5 mil vagas serão disponibilizadas, ampliando o alcance da ação. Além da formação, os participantes contarão com apoio financeiro mensal durante o curso.

O programa é uma ação do Conecta e Capacita, política pública do MCTI voltada à formação tecnológica e será financiado com recursos do PPI da Lei de Informática, num total de R$ 54,5 milhões. O objetivo é formar profissionais prontos para ingressar no mercado de trabalho, com trilhas em Desenvolvimento Front-end e Desenvolvimento Back-end, certificação e até mesmo uma experiência de trabalho real, por meio de uma residência tecnológica em empresas parceiras.

O programa Bolsa Futuro Digital oferece capacitação prática, focada no desenvolvimento das competências e necessárias para que os profissionais estejam aptos a ocupar posições demandadas pelo mercado em dois perfis mais demandados atualmente: (1) Desenvolvedor front-end; e (2) Desenvolvedor back-end. O diferencial da capacitação aqui proposta decorre da participação empresarial desde a sua concepção até a sua execução.

Empresas do setor de Tecnologias da Informação (TI) são chamadas a contribuírem na criação do Banco de Problemas e Desafios e, quando aplicável, na disponibilização de espaços destinados aos residentes que desenvolverão soluções para problemas colocados como desafios. No primeiro momento os alunos participarão da capacitação básica presencial, com conteúdo teórico e exercícios práticos, cursando uma trilha com seis disciplinas organizadas de acordo com o perfil de capacitação escolhido, front-end ou back-end. No segundo momento da capacitação os alunos, agora residentes, serão alocados para desenvolver os desafios apresentados pelas empresas parceiras.

Os alunos receberão uma Bolsa de e Desenvolvimento Tecnológico, no valor mensal de R$ 100,00 nos primeiros três meses da capacitação básica, de R$ 200,00 nos últimos três meses da capacitação básica e de R$ 600,00 durante os seis meses do período de residência tecnológica.

A capacitação básica e a residência tecnológica ocorrerão nos prazos estabelecidos por cada uma das quatro instituições de ensino, conforme definido em seu Processo Seletivo.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e e de Tecnologias Digitais (Brasscom), o Brasil forma 46 mil profissionais de tecnologia por ano, mas a demanda é de cerca de 70 mil. A remuneração no setor pode ser até três vezes maior que a média nacional. Esse cenário contrasta com os 21,2% de jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham — mais de 45% deles são mulheres pretas ou pardas.

O objetivo do programa para os jovens brasileiros, especialmente para aqueles que buscam uma inserção rápida e qualificada no mercado de tecnologia, foi destacado pelo presidente da Softex, Ruben Delgado. Para ele, o é uma oportunidade concreta de ampliar a inclusão digital e social em diversas regiões do país.

Quem pode participar do Bolsa Futuro Digital

Para se candidatar ao Bolsa Futuro Digital, é necessário:

  • Ter concluído o ensino médio (ou estar em vias de concluir, desde que complete 18 anos até o fim do curso);
  • Ter estudado em escola pública ou, em caso de escola privada, com bolsa integral;
  • Ter no mínimo 18 anos completos até a data de encerramento da formação;
  • Ter acesso à internet para a realização das atividades complementares.
  • Não é necessário conhecimento prévio em programação, o que torna o programa uma porta de entrada inclusiva para novos talentos da tecnologia.

Como será o curso

O tem duração total de 9 meses, divididos em duas fases.

Fase de formação técnica (6 meses)

  • Aulas presenciais duas vezes por semana, com 3 horas por sessão (totalizando 144 horas presenciais);
  • Conteúdo complementar online: 56 horas, com apoio das entidades executoras;
  • Bolsa de R$ 100/mês nos 3 primeiros meses e R$ 200/mês nos 3 meses finais.

Fase de residência tecnológica (3 meses)

  • Os participantes com melhor desempenho poderão participar de uma residência em empresas parceiras, com acompanhamento técnico e bolsa de R$ 600/mês.
  • O curso adota metodologias modernas como Baseada em Projetos (PBL) e Sala de Aula Invertida (Flipped Classroom), estimulando a prática e a resolução de problemas reais.
  • Trilha Front-end ou Back-end – escolha seu caminho:

Os candidatos podem escolher uma das duas trilhas de formação:

  • Desenvolvedor Front-end: em interfaces, design, interatividade e experiência do usuário, com conteúdos como HTML, CSS/SASS, JavaScript, React e noções de UX.
  • Desenvolvedor Back-end: voltado à lógica, servidores e bancos de dados, com aulas sobre JavaScript, Python ou Ruby, orientação a objetos, WebServices e modelagem de dados.

Onde o programa será oferecido

O Bolsa Futuro Digital será implementado de forma presencial em 12 estados e no Distrito Federal. São eles:

  • Região Norte: Pará;
  • Região : Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia;
  • Região Centro-Oeste: Goiás e Distrito Federal;
  • Região Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo;
  • Região Sul: Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

Cada local contará com polos físicos de aula, que podem ser consultados nos portais das entidades executoras. A escolha do polo é feita no momento da inscrição.

Quem executa o programa

A execução do programa será feita por três entidades, ICTs Executoras de projetos do PPI, o CEPEDI, a SoftexPE e o H.BR, sob coordenação da SOFTEX. A iniciativa também envolve uma ampla rede de instituições federais e estaduais de ensino, como: UEPA, IFMA, UEPB, UFPE, IFSE, IFBA, IFBaiano, IFMG, IFG, IFB, UFF, IFSP, UNESC e IFRS.

Avaliação e seleção

Haverá processo seletivo com duas etapas: de raciocínio lógico e envio de vídeo demonstrando interesse e motivação para cursar a formação e/ou teste automático de Fit Cultural. A matrícula será feita mediante apresentação de documento com foto, conforme orientação da entidade executora local.

Mais informações e inscrições no site https://hardware.org.br/capacitacao/bfd/inscricao/

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