É razoavelmente comum que se utilize as palavras “diversidade” e “inclusão” como sinônimos. Mesmo profissionais que atuam com estes assuntos nas organizações tendem a misturar os termos em suas falas. Porém, entender a diferença entre um e outro é importante para o sucesso da estratégia de atração, desenvolvimento e retenção dos mais diversos talentos na sua empresa.
Diversidade está ligada a representação demográfica. Por exemplo, qual o percentual de negros, mulheres, pessoas com deficiências, profissionais LGBT e das diferentes gerações na sua organização? Entre outras coisas, é preciso saber também se eles são representativos do ambiente em que você atua.
No Brasil, a maior parte da população é feminina, 54% das pessoas se declara negra, 23% têm algum tipo de deficiência, outros tantos são millenials, profissionais mais sêniors ou LGBT.
Toda esta gente aparece no seu escritório ou quando você dá um giro em sua cadeira praticamente só vê colegas brancos, sem deficiências e formados nas mesmas faculdades, por exemplo?
Resolver a questão da diversidade é um primeiro passo. Trata-se de garantir que sua organização está de portas abertas aos mais diferentes profissionais, venham de onde vierem, sejam como forem.
Inclusão é um passo além. É garantir que toda essa diversidade existente na empresa tenha chances iguais de desenvolvimento e promoção. A análise, então, vai recair sobre os cargos mais altos ou de maior prestígio. A diversidade também está presente lá? Existe um número significativo de mulheres e negros no board? Um alto executivo gay se sentiria confortável para sair do armário?
Refletir sobre estas perguntas ajuda a entender o grau de maturidade da sua empresa em relação ao tema. Diversidade é importante, mas é a inclusão que faz a diferença. É o senso de pertencimento, a certeza de que podemos nos levar inteiros para o trabalho, que fará com que sua organização seja mais criativa, inovadora e produtiva.
Alguém já disse que diversidade é levar para a festa. Inclusão, então, é chamar pra dançar.