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Variações Linguísticas

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As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas pelos homens e são reinventadas a cada dia. Em um país de mineiros/as fofos/as, cariocas folgados/as, paulistas acelerados/as, baianos/as sem preocupações e catarinenses secos/as, o preconceito linguístico rege boa parte das nossas interações sociais. Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos históricos, sociais, culturais, geográficos, entre outros.

No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na linguagem regional. Não é raro vê-lo disfarçado de elogios e imitações, menos ainda de pessoas ensinando as outras a falar como se fala “aqui no meu Estado/Cidade/País”. A verdade é que o difícil é encontrar quem simplesmente abraça, aceita e incentiva essa pluralidade de sotaques e idiomas.

A variação cultural da língua por região ou status social é a forma natural como cada grupo de pessoas escolhe se comunicar, e essa diversidade traz imensos benefícios em qualquer contexto: seja em uma empresa, que atua em todo o país, ou mesmo internacionalmente, seja na escola, seja em grupos de amigos/as.

O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações linguísticas, uma vez que ele surge para julgar as manifestações linguísticas ditas “superiores”.

Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, pois em nosso país, embora o mesmo idioma seja falado em todas as regiões, cada uma possui suas peculiaridades que envolvem diversos aspectos históricos e culturais.

Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do país. Isso ocorre porque nos atos comunicativos, os falantes da língua vão determinando expressões, sotaques e entonações de acordo com as necessidades linguísticas.

De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a variação apontada de maneira pejorativa e estigmatizada.

Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia de que sua maneira de falar é correta e, ainda, superior à outra.

Entretanto, devemos salientar que todas as variações são aceitas e nenhuma delas é superior, ou considerada a mais correta.

Como vencer o preconceito linguístico

Um dos principais contribuintes para sustentar uma sociedade é a linguagem, já que é ela a responsável pela comunicação. Mas então porque existe tanta discriminação com os diferentes modos de falar?

Antes de qualquer coisa devemos entender o que é o preconceito linguístico e como ele acontece. O preconceito linguístico pode ser entendido como as diferentes formas de se expressar dentro de um mesmo idioma que podem mudar drasticamente de uma região de um país para outra. Dessa forma, entendemos que a linguagem de um certo individuo está relacionada ao meio no qual ele vive, a sua educação, a sua região, entre outros tantos fatores. Portanto, o preconceito linguístico nada mais é que um fator para discriminação entre pessoas que falam o mesmo idioma.

Esse é um assunto que deve ser tratado com seriedade, pois é um dos principais motivos para a exclusão social em qualquer lugar, podendo ocorrer nas escolas, no trabalho ou até mesmo em uma conversa informal que pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar.

Tipos e exemplos de variações linguísticas

Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação:

1. Variação geográfica ou diatópica

Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações entre o português do Brasil e de Portugal, chamadas de regionalismo.

2. Variação histórica ou diacrônica

Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual.

3. Variação social ou diastrática

É percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Exemplo desse tipo de variação são os socioletos.

4. Variação situacional ou diafásica

Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais. As gírias são expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

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